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ESTUDANTE DE MEDICINA É MORTA POR BANDIDOS ASSALTANTES EM TERESINA – PIAUÍ

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Das dores que afligem os sentimentos humanos, não há pior do que a morte de um filho. O coração fica dilacerado e parece que nunca mais se curará, a alma embota e todas as esperanças, todos os sentidos não mais significam nada.

Infelizmente, essa é a dor que os pais, Marcus Sampaio e de Gesele Wanzeler, estão sentido agora. E não existe nenhuma palavras de conforto neste momento tão cruel.

Flávia Wanzeler, tinha apenas 23 anos, lindos olhos brilhantes e uma vida toda pela frente. Estava no auge da vida. Era feliz por cursar a tão sonhada faculdade de medicina ao lado do seu namorado Pedro. Tudo seria perfeito se não fosse a interrupção abrupta, violenta, que tirou sua vida na tarde deste domingo, 12 de fevereiro.

Ela e o namorado estavam parados em um semáforo na Avenida Homero Castelo Branco indo almoçar, quando um carro os fechou para tomar-lhes de assalto o veículo que andavam. Diante do susto, e com armas apontadas para o rosto, o jovem rapaz engatou macha-ré, mas o carro ficou desgovernado e bateu em um muro e, para o torto entendimento dos bandidos isso foi salvo-conduto para atirar no carro.

Um dos tiros acertou o braço de Flávia, e atingiu seu tórax. A jovem chegou a ser levada para um hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

O que torna toda a situação pior, vexaminosa até, é que o carro usado no latrocínio de Flávia havia sido roubado a mais de 15 dias. O carro roubado estava sendo usado para assaltos, como já sabia e informou a polícia e só foi recuperado após a morte de Flávia.

O que deixa-nos consternado é que tudo mostra que o Piauí, vive um caos da segurança pública, resultado direto de anos de desmontagem da polícia e de corrupção política.

O atual secretário de segurança, Chico Lucas, parece está mais preocupado em afirmar que onças fungindo de zoológico são Fake News e em comprar viaturas rosa com pneus carecas.

A atual política de segurança da capital, que deu-lhe a alcunha de “Chico Blitz”, virou muito mais uma política de multa que transforma as forças de segurança em uma balcão de negócio do que uma política de segurança e repressão de práticas criminosas. As Blitz servem para multarem muitos, mas não para apreender um carro roubado usado para assaltos.

E não é novidade, o Piauí, que já foi um estado razoavelmente seguro, é hoje um dos estados mais violentos de todo o país. Segundo o Atlas da Violência, o estado teve o 3º maior crescimento de crimes violentos do Brasil no ano de 2021, enquanto no resto no país a tendência foi diminuir. Entre esses crimes que fazem o estado despontar, está o latrocínio, o roubo seguido de morte, o que aconteceu com Flávia.

Teresina tem também, segundo o mesmo Atlas, uma das maiores taxas de roubo de carros de todo o nordeste, maior que Fortaleza, uma metrópole. E foi exatamente um carro roubado usado no crime e possivelmente, o carro da vítima seria roubado.

O Fórum Brasileiro da segurança pública, listou Teresina como a quarta capital mais violenta do país no ano de 2021, os dados entre as capitais aponta que em 2020 houve 270 homicídios e em 2021, 308 homicídios, aumento de quase 14% em mortes.

Todas essas informações públicas, notórias e de total conhecimento dos agentes do alto escalão da segurança pública, desde o governador ao secretário, não os impediu de frearem a redução orçamentária da polícia militar que vem acontecendo desde 2016.

Todos os números das estatísticas frias e das cifras não aplicadas na segurança, não são capazes de dar o tamanho da dimensão da dor que os pais de Flávia sentem. Mas estes números servem para ilustrar que a corrupção e o descaso não rouba apenas do erário público, mas também rouba vidas.

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