Pacheco crítica valor do Fundão para eleições de 2024

Durante um café da manhã com jornalistas nesta sexta (22), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), expressou sua total discordância com o montante de R$ 4,9 bilhões proposto para o fundo eleitoral no relatório do Orçamento para o próximo ano. Pacheco considera essa quantia um “erro grave” por parte do Congresso e argumentou que o cálculo carece de critérios claros. Vale ressaltar que a proposta inicial do governo, enviada em agosto, era de R$ 900 milhões, enquanto o relator, o deputado Luiz Carlos Motta (PL-SP), elevou significativamente esse valor.

O presidente do Senado enfatizou que o relator baseou seus parâmetros no contexto de uma eleição geral em 2022, o que, segundo Pacheco, representa um equívoco considerável para as eleições municipais. Ele destacou a falta de compreensão por parte das pessoas, argumentando que, em 2020, durante uma mesma eleição municipal, o fundo eleitoral foi de R$ 2 bilhões.

Ao contestar a falta de critério na definição do valor, Pacheco indica preocupações sobre a transparência e justificativa para a alocação de recursos no fundo eleitoral, destacando a importância de uma abordagem mais equilibrada e alinhada com a realidade das eleições municipais.

“Acho que ele [montante] não tem critério. Ele [Carlos Motta] pegou parâmetros de uma eleição geral em 2022. O fundo eleitoral com base em 2022 para as eleições municipais é um erro grave do Congresso. As pessoas não compreenderão. Porque em 2020, numa mesma eleição municipal, foi R$ 2 bi?”, enfatizou Pacheco.