Política
Tumulto no Ministério da Justiça: Entra Lewandowski, saí Capelli
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) escolheu o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para assumir a liderança do Ministério da Justiça e Segurança Pública. Lewandowski aceitou o convite na noite desta quarta-feira (10/1), sucedendo Flávio Dino, que deixará o cargo para assumir uma posição na Corte. O ex-ministro do Supremo se reunirá com o presidente na manhã desta quinta-feira (11) para acertar os detalhes, e o anúncio oficial será feito em seguida.
Lewandowski destacou a necessidade de ter liberdade para escolher os membros de sua equipe e solicitou que a pasta permaneça unificada.
Lula considerou a possibilidade de renovar o ministério, com Lewandowski assumindo como ministro e desempenhando um papel institucional, enquanto Cappelli atuaria como super secretário-geral, concentrando-se na área de segurança pública, a qual ocupa a maior parte das responsabilidades da pasta e é atualmente a área com a pior avaliação no governo. No entanto, Lewandowski aceitou o convite para liderar a pasta com a condição de ter liberdade total para formar sua própria equipe. Em outras palavras, ele não aceitou a proposta de “renovação” apresentada pelo presidente.
Em uma conversa de três horas com o presidente Lula, Flávio Dino, futuro ministro do Supremo Tribunal Federal e ex-ministro de Justiça, entrou em contato com Ricardo Cappelli, seu amigo de longa data e atual ministro da Justiça e da Segurança Pública em exercício.
Ambos agendaram um encontro para hoje (11). Após essa reunião, Lula fará o anúncio oficial de que Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo, sucederá Dino como ministro da Justiça e da Segurança Pública.
Antes ou depois do anúncio, Cappelli realizará uma entrevista coletiva para informar sua saída do governo.
Capelli sai de forma tumultuada, ele afirmou aos amigos que caso seja chamado, para outro cargo não irá.
A saída de Capelli também implica uma alteração nas diretrizes da pasta. O PSB e Cappelli com sua abordagem mais rígida estão de saída, entra o PT e uma abordagem considerada “mais amena” em relação à segurança pública. O que tem gerado atritos dentro do governo e do governo com aliados.