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Preso político pode ser candidato a prefeito da maior cidade do Espírito Santo

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Radialista perseguido por Alexandre de Moraes é cobiçado por partidos de direita, Max Pitangui se tornou símbolo de resistência e legítimo represente da direita raiz.

Há promessas de muitas surpresas e reviravoltas na política de Serra, ES. Circulam informações sobre a possibilidade da entrada de mais um personagem na disputa majoritária, dessa vez um nome que pode ser considerado como “Direita Raiz” e, com isso, atrair o público Bolsonarista e, também, os simpáticos ao ex-presidente. Na última eleição, Bolsonaro teve 53,11% dos votos no segundo turno em Serra, mais de 140 mil votos, derrotando Lula com uma margem folgada.
O nome em questão é de Max Pitangui, um dos capixabas presos pelos atos antidemocráticos, num processo montado pelo Ministério Público Estadual e despachado diretamente com o Ministro Alexandre de Moraes. Foram presos os capixabas Pastor Fabiano, de Vila Velha; vereador de Vitória, Armandinho Fontoura; jornalista Jackson Rangel, de Cachoeiro do Itapemirim; e o radialista Max Pitangui, que é morador da cidade de Serra.


Max tem uma história um pouco mais surpreendente dos demais presos: teve o mandado de prisão emitido dia 15 de dezembro de 2022, mas não aceitando a decisão iniciou um período de peregrinação por vários estados pelo Brasil, resistindo a prisão. Depois de um tempo, conseguiu asilo político no Paraguai, para onde levou sua a família.


Max estava vivendo uma vida normal até ser preso numa emboscada armada pela Polícia Federal em conjunto com a Polícia Nacional do Paraguai. Na época foi matéria no programa da Rede Globo Fantástico e em todos os jornais brasileiros, por ter sido preso junto com outros alvos do inquérito de Moraes.


O radialista de Serra foi o primeiro capixaba asilado político depois da redemocratização. Ao ser preso foi levado para a Papuda em Brasília, onde ficou junto com vários patriotas detidos pelo 8 de janeiro. Papuda é o presídio no qual ocorreu a morte do patriota Clezão que, mesmo tendo a determinação de soltura pela Procuradoria Geral da República, foi mantido preso até a sua morte no pátio do presídio.


A ida de Max Pitangui para o presidio em Brasília foi crucial para o desfecho da situação dos presos capixabas, pois o caso chegou ao conhecimento de pessoas influentes, como o desembargador aposentado Sebastião Coelho, os advogados que fazem a defesa dos casos de 8 de janeiro e outras figuras envolvidas, mostrando que o processo foi completamente ilegal, passando por cima do Ministério Público Federal. Há outros detalhes do processo que revelam que a decisão de Moraes atropela outra decisão, a do ministro Toffoli, ainda de 2021. Por certo, o ministro Alexandre de Moraes foi levado ao engano com uma trama sorrateiramente disfarçada de defesa da democracia pela Procuradora Geral de Justiça do MP-ES para atingir alvos políticos, que denunciavam corrupção do governo do PSB e omissão da mesma em investigar.


Todo esse enredo desperta a atenção dos partidos, em especial os da Direita. Pessoas próximas a Pitangui afirmam que ele já recebeu em sua casa várias lideranças do PL, inclusive o presidente municipal da legenda, o vereador Igor Elson, que se mostrou disposto a apresentar seu nome para a majoritária. Pitangui também mantém conversa frequente com o Presidente Estadual do PL.


Também há informações de que ele tem se reunido com o Novo Serra, considerando que o Deputado Federal Marcel Van Hattem foi um dos primeiros parlamentares a atenderam seu contato, mostrando-se disponível em ajudar ainda no período em que ele esteve na peregrinação e no asilo.


Todos sabem que Van Hattem é o proponente da CPI do Abuso de Autoridade que deverá ser o assunto no retorno dos trabalhos legislativos na Câmara Federal. Além do Novo, Pitangui foi procurado pelo União Brasil que também tem interesse em apresentar uma chapa majoritária forte e competitiva.


Independente de qual partido escolha, Max tem uma história que pode ser um grande diferencial na disputa pela Prefeitura da Serra. Com um perfil corajoso, domina muito bem as palavras, tem uma excelente oratória, respostas afiadas e até mesmo abusadas. Sua presença pode representar uma ruptura na eleição serrana, ainda mais se o partido escolhido for o PL. Max não se manifesta sobre o assunto. Quando perguntando, diz apenas que está cuidando de sua família e de sua vida pessoal após a agressão sofrida de Moraes, enganado por uma trama local. Max alega que até hoje não houve denúncia nem arquivamento do procedimento sem pé nem cabeça, passados mais de um ano da decisão de do Ministro Alexandre de Moraes em 15 de dezembro de 2022, ou seja, mais de 400 dias.


Agora é fazer o jogo da paciência e aguardarmos as ações dos bastidores se revelarem. Com certeza ouviremos falar muito de Max Pitangui, pois temos a informação de que nos próximos dias será lançado um documentário sobre todo esse período de peregrinação e prisão, com detalhes para que as pessoas saibam a realidade do País em que estão vivendo.
Outras notícias traremos aqui com exclusividade.

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