O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou uma investigação sobre as atividades da ONG Transparência Internacional no Brasil, com foco no repasse de parte dos recursos provenientes do acordo de leniência estabelecido entre o Ministério Público Federal e a J&F Investimentos.
A Transparência Internacional refutou a alegação de que receberia ou gerenciaria valores recuperados por meio de acordos de leniência, especialmente do grupo J&F. A organização afirmou que nunca recebeu, direta ou indiretamente, recursos de acordos de leniência no Brasil, e tampouco desempenha ou buscou desempenhar papel na gestão desses recursos.
O pedido de investigação ocorreu poucos dias após a organização criticar as medidas anti-corrupção que fracassaram no país e destacar a volta da sensação de impunidade, além de o Brasil perder 10 posições no combate a corrupção em um ranking internacional.
Toffoli nos últimos meses tem buscado voltar com uma roupagem de negação da investigação Lava Jato, não apenas esvaziando-a juridicamente, mas mudando acordos e os revogando. A exemplo, Dias Toffoli suspendeu os pagamentos à Novonor, antiga Odebrecht, no acordo de leniência firmado com a Operação Lava Jato, onde o valor da multa era de US$ 2,5 bilhões (R$ 6,7 bilhões na época do acordo), devido à suspeita sobre a legalidade das delações.
Em resposta a Toffoli, a Transparência Internacional emitiu nota desmentindo fake news usada por ministro para basear seu pedido, veja na integra: