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Dados do celular de Felipe Martins mostra que ele não estava nos EUA

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Dados de geolocalização indicam que o celular de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL), estava em Brasília em 30 de dezembro de 2022, quando o ex-presidente viajou para os Estados Unidos. No dia seguinte, as antenas registraram o celular em Curitiba e, posteriormente, em Ponta Grossa (PR), onde Martins permaneceu até 9 de janeiro de 2023.

A operadora de telefonia Tim enviou ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes um relatório com os registros dos sinais do celular de Martins.

Martins está detido desde 8 de fevereiro deste ano, por ordem de Moraes, há 153 dias, apesar de evidências substanciais de que ele não fez a viagem que motivou sua prisão. A defesa apresentou diversas provas de que o ex-assessor não estava a bordo do avião presidencial que levou Bolsonaro aos Estados Unidos no final de 2022, mas Moraes continua mantendo a prisão preventiva. Conforme reportado pela Gazeta do Povo, mesmo que a presença do ex-assessor na viagem fosse confirmada, sua prisão preventiva ainda seria ilegal.

A Polícia Federal alegou no processo que Martins viajou “sem realizar o procedimento de saída com o passaporte em território nacional” para “se esquivar da aplicação da lei penal”. O relatório da Tim é mais uma evidência que contradiz as alegações da PF.

Os dados mostram que o celular de Martins esteve em Ponta Grossa de 31 de dezembro de 2022 até 9 de janeiro de 2023, mesma cidade onde foi preso em fevereiro deste ano. A companhia aérea Latam já confirmou que Martins embarcou para a capital paranaense em 31 de dezembro de 2022.

A defesa também apresentou comprovantes das bagagens despachadas de Brasília para Curitiba, a mensagem de confirmação da companhia aérea e fotos do casal com amigos na região de Ponta Grossa, para onde foram de carro após desembarcarem em Curitiba.

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