Polícia Federal desarticula quadrilha que fraudava o INSS em Minas Gerais

Esquema usava identidades falsas de idosos e já causou prejuízo de mais de R$ 11 milhões

A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (6) a Operação Egrégora, com o objetivo de desarticular uma quadrilha especializada em fraudar benefícios assistenciais do INSS destinados a idosos de baixa renda. O grupo atuava em Minas Gerais, principalmente nas cidades de Belo Horizonte, Contagem e Betim, e operava há quase duas décadas.

Segundo as investigações, ao menos dez idosos reais se passavam por 40 identidades fictícias, utilizando documentos forjados, como certidões de nascimento e comprovantes de residência. Esses dados eram usados para requerer benefícios sociais indevidamente.

Durante a operação, a PF prendeu três pessoas e cumpriu oito mandados de busca e apreensão. Foram apreendidos cartões bancários, celulares, uma arma de fogo e um veículo. O prejuízo estimado aos cofres públicos é de R$ 11,5 milhões, com possibilidade de dano adicional de mais R$ 5,2 milhões, caso o esquema não fosse interrompido.

Os investigados poderão responder por estelionato qualificado, uso de documentos falsos e associação criminosa. A investigação segue em andamento para identificar outros possíveis envolvidos e ampliar o alcance da quadrilha.

A ação reforça a necessidade de maior fiscalização sobre programas sociais e a urgente modernização dos mecanismos de concessão e controle de benefícios no Brasil — alvo frequente de fraudes organizadas e prejuízo aos contribuintes.