Brasil
Nikolas Ferreira vai protocolar pedido de impeachment de Flávio Dino após caso com “dama do tráfico”

Brasília, 14 de maio de 2025 – O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou que irá protocolar um pedido de impeachment contra o ministro da Justiça, Flávio Dino, após vir à tona a presença da “dama do tráfico amazonense”, Luciane Barbosa Farias, em reuniões no Ministério da Justiça.
Luciane é esposa de Clemilson dos Santos Farias, conhecido como “Tio Patinhas”, líder do Comando Vermelho no Amazonas. A presença dela em audiências oficiais no ministério gerou forte reação da oposição, que denuncia a aproximação de setores do governo com pessoas ligadas ao crime organizado.
“Chega de convite, convocação e perder tempo com as ‘explicações’ do ministro. Estamos redigindo o impeachment. #FORADINO”, declarou Nikolas em suas redes sociais.
Apoio cresce dentro e fora da base governista
O pedido de impeachment já conta com o apoio de 48 parlamentares, incluindo deputados de partidos que fazem parte da base do governo, como União Brasil, PSD, Republicanos, PP e MDB legendas que juntas controlam dez ministérios no governo Lula.
Para Nikolas e outros deputados da oposição, a presença de Luciane no ministério demonstra negligência grave e risco institucional.
“O governo que diz combater as ‘fake news’ agora precisa explicar por que está abrindo as portas do Ministério da Justiça para pessoas com ligação direta com o tráfico”, criticou outro deputado do PL.
Flávio Dino nega envolvimento direto
Flávio Dino tentou se eximir da responsabilidade, alegando que não participou da audiência e que não sabia da presença de Luciane no local. Segundo o ministério, o encontro teria sido solicitado por outra pessoa e teria ocorrido sem conhecimento prévio do ministro.
O secretário de Assuntos Legislativos, Elias Vaz, confirmou que a audiência foi agendada por terceiros, tentando minimizar o impacto da revelação.
Oposição pede apuração rigorosa
Mesmo diante da negativa de Dino, deputados da oposição não se convenceram. Para eles, a responsabilidade é do próprio ministro, já que se trata de um ambiente institucional que deveria ter rigor absoluto na triagem dos visitantes.
O episódio reacende o debate sobre a falta de critério e segurança nas estruturas do governo, além de levantar suspeitas sobre o nível de influência de facções criminosas em setores da administração federal.
