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Além de ministros do STF, cônjuges e escritórios de familiares, PGR e delegados da PF também entram na mira das sanções dos EUA

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A pressão do governo Trump sobre o sistema judicial brasileiro ganha contornos inéditos e cada vez mais abrangentes. Além do ministro Alexandre de Moraes, outros integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, e delegados da Polícia Federal (PF), como Fabio Shor, também passaram a ser alvos potenciais de sanções severas por parte dos Estados Unidos.

As medidas, ainda em fase de avaliação pelo Departamento de Justiça americano, têm como base a Lei Magnitsky, legislação que permite punir estrangeiros acusados de corrupção e violação de direitos humanos. Fontes revelaram que documentos com denúncias formais já foram entregues às autoridades americanas, com destaque para o papel de Gonet e Shor no processo da suposta tentativa de golpe onde o primeiro apresentou a denúncia e o segundo liderou as investigações.

Renda familiar sob escrutínio

O caso de Moraes e seus colegas do STF inclui um elemento novo e polêmico: o foco na renda familiar. O governo americano identificou que esposas de ao menos quatro ministros mantêm atuação ativa em grandes escritórios de advocacia, muitos com causas de interesse direto dos Três Poderes. A proposta em análise prevê sanções ampliadas, atingindo os cônjuges e suas bancas jurídicas, como forma de garantir a efetividade das punições.

O plano é impedir que recursos movimentados por terceiros sirvam de escudo financeiro para os alvos principais. Caso a medida avance, empresas com sede nos EUA e cidadãos americanos seriam proibidos de contratar ou se vincular comercialmente a esses escritórios.

Sanções: o que está em jogo

As penalidades previstas incluem:

  • Congelamento de bens nos EUA
  • Bloqueio de contratos com empresas americanas
  • Revogação de vistos para entrada nos EUA
  • Proibição de movimentações financeiras em dólar
  • Atingimento de juízes auxiliares, procuradores e delegados envolvidos

No Congresso americano, já tramita um projeto de lei específico para revogar o visto de Alexandre de Moraes, medida simbólica e estratégica que pode abrir precedente para casos semelhantes.

Uma resposta ao autoritarismo?

Para membros do Partido Republicano ligados a Trump, a mensagem é clara: os EUA não tolerarão abusos judiciais disfarçados de democracia. O movimento é visto como reação às ações do STF contra figuras conservadoras no Brasil, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados, que vêm denunciando perseguições, censura e prisões políticas.

Enquanto isso, o governo Lula e o Itamaraty mantêm silêncio público, mas nos bastidores, a tensão diplomática é evidente. O Brasil pode estar diante de uma crise internacional sem precedentes causada, ironicamente, pela própria elite jurídica que sempre alegou “defender a democracia”.

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