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Brasil/Estados Unidos

Governo Lula condena ataques dos EUA e Israel ao Irã e se isola ainda mais no cenário internacional

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O governo de Luiz Inácio Lula da Silva voltou a adotar uma postura polêmica no cenário internacional ao condenar os ataques militares dos Estados Unidos e de Israel ao Irã, realizados no último fim de semana. A reação oficial da diplomacia brasileira ocorreu por meio de nota divulgada pelo Itamaraty, que classificou as ações como “violações do direito internacional” e apelou por “moderação de todas as partes”.

O comunicado ignorou os ataques anteriores lançados pelo Irã contra Israel, que deixaram dezenas de feridos em Tel Aviv e Ness Ziona, e não mencionou os riscos representados pelo programa nuclear iraniano. O silêncio sobre as provocações de Teerã reforça o alinhamento do governo Lula com regimes considerados autoritários e hostis ao Ocidente.

A operação militar conduzida por Washington e Tel Aviv atingiu três instalações nucleares estratégicas em território iraniano. Segundo o presidente americano Donald Trump, o ataque foi necessário para impedir avanços bélicos do Irã e proteger aliados como Israel. Em pronunciamento, Trump deixou claro que novas ações serão realizadas caso o regime dos aiatolás se recuse a retomar as negociações de desarmamento nuclear.

Apesar da gravidade da escalada no Oriente Médio, o Brasil optou por mirar seus protestos unicamente contra os países ocidentais. Para especialistas em política externa, a escolha de lado pode ter consequências negativas para a imagem e os interesses brasileiros.

O Itamaraty, sob comando de Mauro Vieira, já havia sido alvo de críticas no mês passado ao condenar Israel durante uma resposta a ataques terroristas do Hamas, gerando desconforto entre aliados históricos e ampliando o distanciamento diplomático do Brasil com os principais países da OTAN.

A nova crise põe o governo Lula mais uma vez na contramão do Ocidente, enquanto o conflito entre Irã e Israel ameaça provocar uma instabilidade sem precedentes na região e afetar diretamente os preços do petróleo e a segurança global.

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