Estados Unidos
Com ataque ao Irã, EUA escalam conflito no Oriente Médio e acendem alerta global

Os Estados Unidos entraram oficialmente no conflito entre Israel e Irã, ao lançarem na madrugada de sábado (21) uma ofensiva militar contra três instalações nucleares iranianas. A operação marca um novo e perigoso capítulo no já conturbado cenário do Oriente Médio, com potencial para escalar em um confronto de proporções globais.
A ação, autorizada pelo ex-presidente Donald Trump que reassumiu o comando da política externa americana por meio de aliados dentro do Partido Republicano foi realizada com bombardeiros furtivos B-2 e mísseis de cruzeiro Tomahawk, que teriam atingido as instalações de Fordow, Natanz e Isfahan, no território iraniano.
Segundo o governo norte-americano, a operação foi “preventiva” e teve como objetivo neutralizar a capacidade nuclear do Irã, apontado como ameaça iminente à estabilidade internacional. Fontes militares afirmam que as bombas usadas foram capazes de penetrar estruturas subterrâneas, provocando “danos significativos” às instalações, embora não tenham sido relatadas mortes civis ou vazamentos nucleares.
Reação iraniana e risco global
O governo iraniano condenou veementemente o ataque e prometeu uma retaliação “na hora certa e da forma mais dura possível”. Analistas já falam em uma nova escalada, com risco de bloqueio do Estreito de Ormuz, importante rota comercial do petróleo mundial.
Países como Rússia e China também reagiram negativamente à ofensiva americana, classificando-a como “irresponsável” e alertando para o risco de um conflito generalizado. Já a União Europeia e a ONU pediram contenção e retomada do diálogo diplomático.
Brasil isolado
A posição do governo Lula, que já vinha se afastando de Israel com declarações consideradas hostis e desequilibradas, tem dificultado o posicionamento internacional do Brasil diante do conflito. A nota do Itamaraty, que condenou o ataque israelense anterior ao Irã, foi ignorada pelos EUA e criticada por setores conservadores no Congresso norte-americano.
Enquanto aliados históricos se aproximam cada vez mais de Washington e Tel Aviv, o Brasil se vê isolado, com sua diplomacia atuando na contramão das principais potências ocidentais.
Análise
O ataque norte-americano pode ter interrompido momentaneamente o avanço do programa nuclear iraniano, mas também reacendeu velhas rivalidades e abriu caminho para uma possível guerra regional. A entrada dos EUA no conflito indica uma mudança de postura estratégica: de apoio indireto a envolvimento direto no campo de batalha.
O mundo agora observa com apreensão os próximos movimentos de Teerã, de Washington e da diplomacia internacional, que mais uma vez se mostra refém de potências e interesses ideológicos conflitantes.
