Deputada mais votada de SP, Carla Zambelli anuncia exílio após condenação de 10 anos pelo STF

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), a mais votada do estado de São Paulo nas eleições de 2022, anunciou nesta sexta-feira (…), que deixará o Brasil e pedirá exílio político no exterior, após ser condenada a 10 anos de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A decisão do STF, vista por muitos como política, ocorre no contexto do inquérito das “milícias digitais”, relatado pelo ministro Alexandre de Moraes. Zambelli foi acusada de incitar “atos antidemocráticos” e “ataques às instituições”, por suas falas e publicações nas redes sociais.

Em um vídeo divulgado nas redes, visivelmente emocionada, Zambelli afirmou que a sentença representa “o fim da democracia no Brasil” e que não aceitará ser silenciada por um sistema que, segundo ela, usa a Justiça como arma para perseguir opositores do governo Lula.

“Sou deputada eleita com mais de 900 mil votos. Não cometi crime algum. O que está acontecendo comigo é uma perseguição política, uma tentativa de calar a direita brasileira”, declarou a parlamentar.

Zambelli também confirmou que solicitará exílio político em país estrangeiro, argumentando que não há mais segurança jurídica nem liberdade de expressão no Brasil. “Não há como lutar dentro de um sistema que já decidiu punir quem pensa diferente”, afirmou.

A condenação gerou forte reação entre parlamentares conservadores, que classificaram a decisão como um ataque direto à soberania popular. Líderes da oposição prometeram recorrer a organismos internacionais e denunciar o caso em cortes de direitos humanos.

Silêncio da base governista

Enquanto isso, o governo Lula e partidos da base aliada evitam comentar o caso, apesar da gravidade de uma condenação que retira da vida pública a deputada mais votada do maior colégio eleitoral do país.

A decisão também reacende o debate sobre os limites do STF e o uso político do Judiciário. Para críticos, o Brasil caminha para uma escalada autoritária sem precedentes, com a criminalização aberta da oposição.