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Dois dias após anunciar que pretende disputar o Senado, Carlos Bolsonaro é indiciado pela PF

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O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi formalmente indiciado pela Polícia Federal nesta segunda-feira (17) no âmbito do inquérito que investiga um suposto esquema de “rachadinha” e uso ilegal de ferramentas de inteligência na prefeitura do Rio.

O indiciamento ocorre apenas dois dias após Carlos anunciar publicamente, em evento no interior de São Paulo, sua intenção de disputar uma vaga no Senado Federal nas eleições de 2026. O momento do indiciamento gerou críticas entre apoiadores do ex-presidente, que apontam motivação política na atuação da PF.

Segundo informações obtidas pela imprensa, o inquérito conduzido pela Polícia Federal mira contratos e repasses feitos a servidores ligados ao gabinete de Carlos na Câmara Municipal do Rio. A investigação também cita o suposto uso da estrutura do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para alimentar um sistema de monitoramento digital durante o governo de seu pai.

A defesa do vereador nega qualquer irregularidade e afirma que Carlos Bolsonaro está sendo vítima de perseguição por seu alinhamento ideológico e atuação política. “Há uma clara tentativa de inviabilizar sua candidatura ao Senado, usando instituições do Estado para atacar adversários”, declarou um dos advogados da família Bolsonaro.

Aliados políticos reagiram. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) classificou o indiciamento como “mais um capítulo da guerra jurídica contra conservadores”. Já o ex-presidente Jair Bolsonaro, em rápida declaração, disse que “a PF está sendo instrumentalizada para perseguir sua família”.

O caso agora segue para o Ministério Público Federal, que deve decidir se oferece ou não denúncia formal contra Carlos Bolsonaro.

Timing político levanta suspeitas

A proximidade entre o anúncio da pré-candidatura e o indiciamento levanta suspeitas sobre a motivação por trás da ação. Parlamentares da oposição já pedem a convocação do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, para prestar esclarecimentos sobre a condução da investigação.

Enquanto isso, nas redes sociais, o episódio mobilizou apoiadores bolsonaristas, que acusam o governo Lula de usar a Polícia Federal como “braço de repressão política”.

Carlos Bolsonaro ainda não se pronunciou diretamente sobre o indiciamento.

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