Eduardo Bolsonaro pode disputar eleição mesmo fora do Brasil

Mesmo em meio a investigações e pressões judiciais, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) poderá disputar as eleições de 2026, mesmo que esteja fora do Brasil. A legislação eleitoral brasileira não exige que o candidato resida em território nacional durante todo o período anterior ao pleito, desde que mantenha domicílio eleitoral e esteja em dia com a Justiça Eleitoral.

Nos bastidores, aliados afirmam que Eduardo deve manter a pré-candidatura a uma vaga no Senado ou até mesmo à Presidência da República, dependendo do cenário jurídico e político. A permanência fora do país, segundo fontes próximas, seria estratégica diante do que classificam como perseguição política promovida por setores do Judiciário.

O movimento ganha força diante da recente escalada de decisões do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que determinou o monitoramento das redes sociais do deputado e autorizou a Polícia Federal a ouvi-lo em inquérito sobre suposta conspiração internacional contra o sistema eleitoral brasileiro.

Apesar do cerco, juristas apontam que, até o momento, não há impedimentos legais que tornem Eduardo inelegível. Segundo o advogado eleitoralista Leonardo Giardin, “a ausência física no país não é um fator impeditivo para registro de candidatura, desde que todos os requisitos legais sejam cumpridos”.

A possível candidatura de Eduardo, mesmo fora do Brasil, representa também um teste de força para o campo conservador nas eleições de 2026. Ele continua ativo nas redes sociais e nos bastidores políticos, sendo uma das principais vozes da oposição ao governo Lula e ao ativismo judicial do Supremo Tribunal Federal.

A expectativa é que o deputado defina seu futuro político ao longo de 2025, conforme evoluam as investigações e as movimentações da direita em torno das candidaturas majoritárias.