Política
Em depoimento à PF, Oswaldo Eustáquio implode o sistema e expõe ilegalidades de Moraes
Em depoimento a Policia Federal (PF), o jornalista Oswaldo Eustáquio implodiu o sistema e expôs as ilegalidades dos inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF). Na oitiva do inquérito, Eustáquio afirmou que sua prisão aconteceu por ter cantado uma música e que nos 5 anos do inquérito, nada foi provado contra ele.
Considerado fugitivo pelo STF, mas com ordem de prisão negada pela Interpol, o apoiador de Bolsonaro, Oswaldo Eustáquio, cantou músicas contra Lula durante o depoimento prestado à Polícia Federal (PF). Durante a videoconferência realizada em 12 de dezembro, o jornalista cantou duas músicas para argumentar que estava sendo alvo de perseguição por parte do ministro Alexandre de Moraes, do STF, que ordenou sua prisão.
Por meio de um vídeo durante oitiva na PF, pode-se observar o momento em que Eustáquio se dirige ao delegado Luís Filippe Mensório, encarregado da coleta do depoimento, diz que o motivo de sua investigação é por ter cantado certas músicas, onde em voz alta, entoa:
‘‘Se precisar, a gente acampa, mas o ladrão não sobe a rampa’’, diz ele batendo palma ritmando a música.
Oswaldo disse ainda que o delegado da PF Andrei Rodrigues, que na época era o segurança do presidente Lula no hotel Brasil 21, testemunhou o jornalista Oswaldo Eustáquio cantando essa música. E ele enviou uma mensagem ao ministro Alexandre de Moraes acusando-o de incitação ao crime:
‘Eu, delegado Andrei, neste momento, como chefe da segurança do Lula, entendo que o Oswaldo Eustáquio incitou as pessoas, isso está entre aspas, e cantou uma outra música: Lula, ladrão, seu lugar é na prisão.’ Estádios cantam isso”, disse Eustáquio em sua defesa.
De fato, Andrei Rodrigues justificou em um documento enviado a Moraes, que o apoiador de bolsonarista incitou situações que poderiam “resultar em ameaça à vida” do presidente eleito. Andrei argumentou ainda que a prisão era necessária para assegurar a segurança do líder petista.