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Investigação

Empresas com contratos no governo Lula são alvo de investigações por fraudes na pandemia

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Empresas contratadas pelo governo Lula estão no centro de investigações que envolvem suspeitas de fraudes em licitações e desvios de recursos públicos durante a pandemia de COVID-19. Os casos, revelados por órgãos de controle e pela Polícia Federal, colocam em xeque os critérios de contratação adotados por ministérios e entidades públicas, mesmo diante de alertas sobre o histórico das companhias envolvidas.

Uma das principais empresas na mira das autoridades é a Esplanada Serviços Terceirizados LTDA, contratada por R$ 328,3 milhões para prestar serviços a 12 ministérios do governo federal. A Polícia Federal apura o uso de empresas de fachada e laranjas para movimentar milhões de reais. Segundo os investigadores, o dono da empresa teria transferido mais de R$ 33 milhões para uma empresa de fachada vinculada ao esquema criminoso. Mesmo sob investigação, a Esplanada venceu uma licitação milionária no atual governo.

Outro caso que chama atenção é o da Orleans Viagens e Turismo, empresa investigada por participar de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Apesar da gravidade das acusações, a empresa mantém cinco contratos ativos com o Exército Brasileiro, somando R$ 3,3 milhões. Os contratos se estendem desde a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro até o atual governo, sem interrupções, levantando questionamentos sobre a fiscalização dessas parcerias.

Além disso, a R7 Facilities, empresa contratada por R$ 321 milhões, também entrou na mira da Controladoria-Geral da União (CGU). A R7 é suspeita de fraude em licitação e uso de laranjas para abocanhar contratos com o poder público. Desde 2019, a empresa acumula quase R$ 700 milhões em contratos com a União, com forte alta a partir de 2023, já sob a gestão Lula. Reportagens apontam que o suposto dono tem histórico de envolvimento em esquemas similares, o que levanta ainda mais suspeitas sobre a lisura do processo.

Governo tenta se blindar, mas críticas aumentam

Diante das denúncias, o governo Lula afirma que está colaborando com os órgãos de controle e que contratos suspeitos estão sendo revistos. No entanto, críticas têm crescido tanto no Congresso quanto na sociedade civil. A falta de rigor na verificação das empresas, mesmo com alertas anteriores, é vista por parlamentares da oposição como indício de conivência ou negligência.

O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) afirmou que “o governo não pode alegar desconhecimento. Já existiam indícios claros de irregularidades envolvendo essas empresas”. Outros parlamentares têm cobrado a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar as contratações realizadas desde o início do mandato de Lula.

População cobra explicações

Nas redes sociais, internautas têm comparado a atuação do STF e da mídia em casos envolvendo o governo Lula com a postura adotada diante de escândalos passados. “Cadê os 48h do STF para o governo explicar as fraudes no INSS?”, ironizou um perfil no X (antigo Twitter). A comparação faz alusão à rapidez com que ministros da Corte exigiram esclarecimentos da gestão anterior em temas considerados sensíveis.

Conclusão

A sucessão de escândalos envolvendo empresas contratadas pelo governo federal reacende o debate sobre transparência, fiscalização e responsabilidade na gestão dos recursos públicos. Mesmo diante da gravidade das acusações, parte da imprensa e das instituições permanece em silêncio, o que aprofunda a sensação de impunidade e descrença nas estruturas de controle.

A oposição promete pressionar por investigações mais amplas e cobra do governo Lula respostas concretas, não apenas discursos.

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