Brasil
Ex-comandante da Marinha nega ‘minuta golpista’ e descarta apoio a qualquer tentativa de golpe

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha no governo Bolsonaro, negou veementemente qualquer participação ou apoio a plano de golpe de Estado. Segundo ele, nunca houve uma “minuta golpista” e tampouco colocou tropas da Marinha à disposição para qualquer medida de ruptura institucional.
A declaração foi dada no contexto das investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes sobre uma suposta articulação de militares e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2023.
Durante o depoimento, Garnier disse que foi convidado para uma reunião no Palácio da Alvorada, onde o tema foi brevemente mencionado, mas que não houve qualquer deliberação prática. Ele afirmou que jamais aceitaria colocar a Marinha a serviço de uma ação fora dos marcos constitucionais.
“Não recebi, assinei ou discuti minuta alguma. Minha posição sempre foi institucional e dentro dos limites da legalidade”, declarou.
A negativa de Garnier reforça a linha de defesa adotada por outros militares e ex-integrantes do governo Bolsonaro, que têm se manifestado contra a narrativa de golpe e alegam perseguição política por parte do Judiciário.
A investigação segue em curso no STF, enquanto cresce a pressão sobre o ministro Alexandre de Moraes após denúncias internacionais envolvendo supostos abusos e censura.
