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Deputado aliado de Bolsonaro quer proibir áreas VIP em eventos pagos com dinheiro público

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O deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil), um dos principais aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro, apresentou um projeto de lei na Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) para proibir a criação de áreas VIP em eventos financiados com recursos públicos.

A proposta é uma resposta direta à polêmica do show da cantora Lady Gaga, realizado na praia de Copacabana, que custou R$ 30 milhões aos cofres públicos, somando verbas da Prefeitura do Rio e do Governo do Estado. Apesar do evento ser “gratuito”, uma área VIP foi montada para cerca de 7.200 convidados com acesso privilegiado, cardápio temático e distância reduzida do palco. Enquanto isso, o público comum – mais de 2 milhões de pessoas – ficou a cerca de 150 metros da artista, espremido nas areias.

O projeto de Amorim quer acabar com esse tipo de divisão. Segundo o texto, qualquer camarote ou setor restrito ao público em geral será considerado ato de improbidade administrativa, salvo as estruturas técnicas indispensáveis para a realização do evento.

Além de shows, a proposta se aplica a qualquer evento cultural financiado com recursos públicos em espaços como praias, praças e avenidas. O objetivo é garantir acesso igualitário, sem privilégios para elites ou apadrinhados políticos.

“Não podemos aceitar que o dinheiro do povo seja usado para financiar camarotes de luxo para poucos. Isso é imoral e elitista”, afirmou Amorim.

O projeto agora será analisado pelas comissões de Constituição e Justiça, Cultura e Orçamento da Alerj. Se aprovado, a regra valerá para todo o estado do Rio de Janeiro.

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