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Fraude no INSS: Pressão Aumenta para Saída de Carlos Lupi do Ministério da Previdência

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O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, enfrenta crescente pressão política após a revelação de um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que desviou ilegalmente até R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Aliados próximos admitem que Lupi considera pedir exoneração do cargo, especialmente após a nomeação de Gilberto Waller Júnior como novo presidente do INSS, decisão tomada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva sem consulta ao ministro ou ao PDT.

Durante audiência na Câmara dos Deputados, Lupi defendeu-se das acusações, destacando que, em dois anos, foram iniciadas 268 apurações de novos casos de fraude contra a Previdência. No entanto, admitiu que houve demora na implementação de medidas para conter as irregularidades, justificando que era necessário levantar documentos antes de agir.

A crise se agravou com a revelação de que o ministro foi alertado sobre as fraudes ainda em 2023, mas só tomou providências quase um ano depois. A Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal desmontaram o esquema criminoso de cobrança indevida contra aposentados e pensionistas, que vinha operando desde 2019.

No PDT, partido presidido por Lupi, há um entendimento de que, caso o ministro deixe o governo, a legenda também se retirará da base aliada. O líder do partido na Câmara, Mário Heringer (PDT-RS), afirmou que “se demitir o nosso presidente Lupi, nós queremos também sair desse compartimento político”.

Apesar das pressões, o presidente Lula tem adotado uma postura cautelosa, evitando a demissão de Lupi enquanto as investigações não apontarem envolvimento direto do ministro. A permanência de Lupi no cargo dependerá das próximas decisões do governo e dos desdobramentos das investigações em andamento.

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