Governo Lula esconde 16 milhões de documentos sobre uso de verbas públicas

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está escondendo mais de 16 milhões de documentos que envolvem o uso de verbas públicas, segundo revelou reportagem do jornal Folha de S. Paulo. Os arquivos estão classificados com graus de sigilo ou restrição de acesso, o que impede a população e a imprensa de fiscalizarem o destino do dinheiro dos contribuintes.

Apesar de ter prometido “transparência total”, o governo Lula mantém uma barreira burocrática e muitas vezes ideológica ao acesso à informação, inclusive em casos que envolvem contratos milionários, viagens, gastos com cartões corporativos e convênios suspeitos.

Governo ignora a Lei de Acesso à Informação

Os dados foram obtidos por meio de um pedido via Lei de Acesso à Informação (LAI), e revelam que a maioria dos documentos está nos sistemas da Controladoria-Geral da União (CGU) e de ministérios do governo federal. Grande parte deles tem sigilo de até 100 anos, como os relacionados à Presidência da República e aos gabinetes da Esplanada.

O levantamento mostra que o Executivo petista repete práticas obscuras que antes criticava, impedindo o controle social sobre contratos, repasses, licitações e nomeações.

Contradição com o discurso de campanha

Durante a campanha de 2022, Lula prometeu um governo com “dados abertos, transparência plena e respeito à imprensa”. No entanto, o cenário atual indica retrocesso, com documentos ocultos, censura institucionalizada e blindagem de informações sensíveis.

O sigilo generalizado preocupa entidades civis, que apontam risco à democracia e ao controle público das ações governamentais.