Lula diz que “Deus deixou o sertão sem água” porque sabia que ele seria presidente

Em mais uma declaração polêmica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (28) que “Deus deixou o sertão sem água” porque sabia que ele seria eleito presidente. A fala foi feita durante um evento oficial na cidade de Cachoeira dos Índios, na Paraíba.

“Deus deixou o sertão sem água porque ele sabia que eu ia ser presidente da República e que eu ia trazer água para cá”, declarou Lula diante de apoiadores.

A afirmação gerou críticas imediatas nas redes sociais, sendo vista por muitos como uma tentativa de autoendeusamento e desrespeito à fé e à realidade histórica da seca no Nordeste. O sertão nordestino convive há séculos com a escassez hídrica, afetando milhões de brasileiros independentemente de gestões políticas.

Repercussão

Parlamentares da oposição reagiram rapidamente. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) classificou a fala como “delírio messiânico”. Já o senador Eduardo Girão (Novo-CE) criticou o tom da declaração, afirmando que “nem Deus escapa da tentativa petista de usar tudo para fins políticos”.

Especialistas também destacaram que grande parte das obras hídricas no Nordeste foi planejada e iniciada em governos anteriores, como o projeto de transposição do Rio São Francisco, idealizado no século XIX e executado em várias etapas, inclusive durante gestões não petistas.

Tentativa de protagonismo

Esta não é a primeira vez que Lula faz declarações que atribuem a ele um papel quase divino na solução dos problemas nacionais. Ao longo de seus mandatos, o petista já se referiu a si próprio como “a alma mais honesta do Brasil” e sugeriu que o país era um caos antes de sua chegada ao poder.

A fala reforça críticas de que o atual governo tem priorizado propaganda e culto à personalidade em detrimento de resultados concretos para a população, especialmente em regiões que continuam enfrentando desafios estruturais graves, como o próprio semiárido nordestino.