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Mesmo com assinaturas suficientes, Hugo Motta diz não ter como instalar CPI do INSS

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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta segunda-feira (19) que não poderá instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o bilionário esquema de fraudes no INSS. Segundo ele, a limitação regimental da Casa impede a abertura da comissão, mesmo com o número de assinaturas necessário já alcançado.

“Eu não tenho como instalar a CPI porque existem outras 12 CPIs na frente e, na Câmara dos Deputados, nós só podemos ter cinco comissões funcionando concomitantemente”, disse Motta, após encontro com representantes da Febraban, em São Paulo.

A justificativa foi recebida com indignação por parlamentares da oposição, que veem na atitude uma tentativa de postergar ou até evitar a apuração de um dos maiores escândalos do atual governo, que envolve descontos ilegais em aposentadorias e pensões de milhões de brasileiros.

A CPI do INSS foi o primeiro requerimento apresentado pela oposição, mas segue travada, enquanto temas como “crimes em redes sociais” ou “planos de saúde” avançam na fila.

Diante da resistência dentro da Câmara, a oposição agora articula a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que envolveria deputados e senadores. A decisão caberá ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União-AP), aliado do governo Lula.

“Com relação à CPI mista, cabe ao presidente do Congresso, que é o senador Davi Alcolumbre, fazer a avaliação sobre a instalação ou não dessa CPMI”, afirmou Hugo Motta.

O escândalo no INSS já ultrapassa 470 mil notificações formais por fraudes e segue sem qualquer investigação ativa no Parlamento.

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