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‘Midterms’ dos EUA podem trazer Republicanos de volta ao poder; entenda o cenário

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As ‘midterms’, que estão sendo realizadas nesta terça-feira. 8 de novembro, nos Estados Unidos, podem fazer os republicanos voltarem ao poder fortalecendo assim, consequentemente, o ex-presidente Donald Trump, que deve anunciar sua candidatura ainda este mês, para as eleições de 2024.

As pesquisas apontam que os republicanos têm boas chances de desbancar os democratas e levar a melhor. De acordo com as pesquisas mais recentes, a oposição republicana tem chance de conquistar pelo menos de 10 a 25 cadeiras na Câmara, mais do que suficiente para ter maioria. Há menos clareza sobre o destino do Senado, mas os republicanos também podem sair vitoriosos.

O resultado das eleições de meio de mandato vão ser decisivos para Joe Biden, atual presidente dos Estados Unidos, pois impactam diretamente seu governo, que está afetado pela alta da inflação, criminalidade e imigração. Problemas que os republicanos se apoiam para se fortalecerem. Eles prometem liderar uma luta contra a inflação — uma das mais altas que o país já enfrentou. Ela está em 8.2% para os últimos 12 meses (até setembro). Além disso, vislumbram combater a crise dos opiáceos, continuar sua ofensiva contra os atletas transgêneros e enterrar o trabalho da comissão que investiga o ataque ao Congresso americano lançado por partidários do ex-presidente republicano Donald Trump.

Nessas eleições, o que pesa são as principais preocupações dos eleitores dos EUA: inflação, aborto, criminalidade, imigração, guerra cultural, defesa da democracia e mudança climática. Se você deseja um fim à destruição do nosso país e salvar o sonho americano, deve votar nos republicanos”, afirmou Trump, onipresente na campanha, durante um comício na segunda-feira em Ohio, um dos redutos industriais do país.

O resultado das eleições elas podem levar tempo para saírem, mas na noite desta terça, segundo jornal norte-americano, The New York Time, os sinais de uma clara vitória republicana podem começar a se acumular, pois registrariam rapidamente vitórias confortáveis na Carolina do Norte, Flórida e Ohio. New Hampshire pode estar perto, mesmo que os democratas vençam. Wisconsin estaria na conta republicana até a manhã do dia seguinte.

Os índices de aprovação do presidente Biden estão presos na casa dos 40, um número tão baixo ou inferior aos índices de aprovação de Donald Trump em 2018, de Bill Clinton em 1994 e de Barack Obama em 2010, o que aumenta a possibilidade de um onda vermelha. Estas eleições de meio de mandato acontecem dois anos após as eleições presidenciais e equivalem, de certa forma, a um referendo sobre o ocupante da Casa Branca. Por isso, o partido do presidente raramente escapa do voto punitivo. Os democratas tentam evitar que isso aconteça, alegando que a oposição republicana, cujos candidatos não reconhecem o resultado das eleições presidenciais de 2020, são uma ameaça à democracia. Perder o controle das duas casas do Congresso teria sérias consequências para o presidente democrata, que disse que “tem a intenção” de concorrer novamente em 2024, o que seria um duelo como o de 2020. Apesar do que as pesquisas apontam, Biden se diz otimista com o resultado da votação, embora reconhecesse que manter o controle da Câmara seria “difícil”. Se os republicanos reconquistarem a maioria, os eles vão iniciar investigações sobre os negócios do filho de Joe Biden, Hunter, assim como alguns ministros e talvez um processo de impeachment contra o presidente.

O QUE SÃO AS “MIDTERMS”?

Midterms, também conhecida como eleição de meio de mandato, são realizadas dois anos após as presidenciais e funcionam como uma espécie de referendo sobre a política do inquilino da Casa Branca. Nelas, os eleitores escolherão os congressistas que conquistarão 435 cadeiras da Câmara dos Representantes. No Senado, são 100 membros. Nessas eleições, também são eleitos os governadores de 36 dos 50 estados do país e os prefeitos, sobre os quais recaem as políticas de seu estado em temas importantes como aborto ou regulamentação ambiental. Neste ano, elas vão ser realizadas em 8 de novembro (ou seja, na próxima terça-feira). Os eleitos iniciarão seu mandato em 3 de janeiro de 2023. De acordo com as pesquisas mais recentes, a oposição republicana tem boas chances de arrebatar pelo menos de 10 a 20 cadeiras na Câmara. Este número seria suficiente para ter maioria. As pesquisas são menos claras em relação ao Senado, onde os democratas esperam conservar sua maioria.

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