Brasil
Moraes determina monitoramento das redes sociais de Eduardo Bolsonaro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o monitoramento das redes sociais do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no âmbito de uma investigação solicitada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, sobre supostas articulações internacionais do parlamentar.
A decisão ocorre após a viagem de Eduardo aos Estados Unidos, onde participou de eventos com autoridades e lideranças conservadoras, incluindo encontros com aliados do ex-presidente Donald Trump. O Ministério Público Federal apura se houve tentativa de “interferência internacional” ou articulações contra instituições brasileiras — algo que a oposição vê como mais um passo do STF para criminalizar adversários políticos.
Na decisão, Moraes autoriza a coleta de postagens e interações feitas por Eduardo Bolsonaro em plataformas como X (antigo Twitter), Instagram, Facebook e YouTube. O objetivo seria identificar supostas declarações consideradas “antidemocráticas” ou que “atentem contra a ordem constitucional”.
A base aliada do governo celebrou a medida. Já parlamentares da oposição acusam o Supremo de ultrapassar todos os limites legais. “É perseguição política escancarada. Estão tentando censurar e intimidar quem pensa diferente”, disse um deputado da direita.
Aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro, Eduardo já havia criticado publicamente o avanço do ativismo judicial no Brasil e a aliança entre setores do Judiciário e da esquerda. Para ele, o monitoramento é parte de uma “tentativa de calar opositores”.
A defesa do parlamentar afirmou que ainda não foi notificada oficialmente, mas deve recorrer da decisão. Nos bastidores, a medida foi vista como mais um capítulo do embate entre o Legislativo e o STF.
