Moraes manda PF incluir Carla Zambelli na lista vermelha da Interpol

Após determinar a prisão preventiva da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o ministro Alexandre de Moraes deu um novo passo considerado extremo por analistas políticos: ordenou que a Polícia Federal solicite à Interpol a inclusão da parlamentar na lista vermelha, utilizada para localização e captura internacional de foragidos.

A medida, inédita contra uma deputada federal em exercício e sem condenação definitiva, foi autorizada nesta terça-feira (4), com o argumento de que Zambelli estaria fora do país, supostamente em viagem à Espanha.

Perseguição política escancarada

Aliados da parlamentar e juristas independentes classificam a decisão como desproporcional e politicamente motivada. A inclusão de uma deputada eleita na lista da Interpol, sem flagrante, sem julgamento e sem trânsito em julgado, levanta sérias dúvidas sobre o respeito às garantias constitucionais no Brasil.

Nas palavras de um parlamentar da oposição:
“Isso não é Justiça, é perseguição. Carla Zambelli está sendo tratada como uma criminosa internacional por ter opinião política.”

Imprensa internacional observa

Com a movimentação de Moraes, o caso pode ganhar repercussão internacional, colocando o Brasil sob os holofotes de entidades de direitos humanos e da imprensa estrangeira, que já vem criticando o ativismo judicial no país.

O que diz a defesa

A equipe jurídica de Zambelli afirmou que a deputada não está foragida e que viajar ao exterior não configura crime. A defesa prepara recursos e denuncia a arbitrariedade da prisão e da solicitação feita à Interpol.