Política
Muito além de ministros e familiares: EUA miram também outros integrantes do STF, TSE e PF

A escalada de tensão entre autoridades brasileiras e o governo dos Estados Unidos ganhou um novo capítulo nesta semana. Após declarações públicas e medidas anunciadas pelo Departamento de Estado e pelo Departamento de Justiça dos EUA sobre sanções contra agentes envolvidos em censura e violações de direitos civis, fontes diplomáticas revelaram que a mira vai muito além dos nomes mais conhecidos.
Segundo informações obtidas por veículos da imprensa internacional, as investigações incluem integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e da Polícia Federal (PF) instituições que, nos últimos anos, foram protagonistas de decisões polêmicas relacionadas à liberdade de expressão e à perseguição de opositores políticos.
Lista ampliada e cooperação internacional
A apuração americana, segundo fontes ligadas ao Congresso dos EUA, abrange juízes auxiliares, técnicos jurídicos, agentes da PF e até assessores parlamentares ligados a decisões sobre censura de plataformas, bloqueio de contas e inquéritos sem base clara no Código Penal brasileiro.
A pressão internacional ganhou força após episódios como a censura à plataforma Rumble, a perseguição judicial a jornalistas e influenciadores, e as ações do ministro Alexandre de Moraes em inquéritos amplamente questionados por juristas e observadores estrangeiros.
Sanções e restrições de visto em estudo
O governo norte-americano avalia aplicar restrições de visto, congelamento de bens no exterior e outras sanções diplomáticas contra os envolvidos, com base em leis que protegem cidadãos americanos de violações de seus direitos fundamentais, inclusive fora do território dos EUA.
Embora o comunicado oficial ainda não cite nomes diretamente, a referência à América Latina e a autoridades “cúmplices de censura a americanos” deixa claro que o Brasil está no radar.
Reação do Planalto e tentativa de contenção
Fontes ligadas ao Itamaraty confirmaram que o governo Lula já está em tratativas com diplomatas americanos para tentar minimizar os danos e evitar que a crise evolua. No entanto, membros do Congresso norte-americano ligados ao Partido Republicano prometem endurecer o tom caso não haja ações corretivas.
A movimentação gera desconforto no Planalto, no STF e entre os aliados de Lula, especialmente diante da repercussão negativa na imprensa internacional e do possível efeito cascata sobre acordos bilaterais e investimentos estrangeiros no Brasil.
