Política
O Novo Bebiano: Do show da Madona ao fogo amigo e o silêncio sepulcral da direita
O camarote VIP no show da Madona, que foi regado a promiscuidade, com cenas de lesbianismo, simulação de masturbação com fotos de Lula, Marielle e Che Guevara em meio a maior crise humanitária da história do Rio Grande do Sul, foi apenas o ápice das caneladas de Fábio Wajngarten, que mostrou através deste show, que de conservador, tem pouco em sua essência e os valores do conservadorismo são descartáveis para ele, que deixou Bolsonaro na mão no maior X Space do mundo para curtir o show da musa da luxuria.
Ou seja, o pretenso porta-voz do presidente foi prestigiar os inimigos em um ambiente regado a símbolos comunistas e imagens dos inimigos desta nação em evidente demonstração de falta de lealdade. Ele tem a liberdade, por óbvio de contrariar o salmista no capítulo 1 deste livro que orienta o homem a não se assentar a roda dos escarnecedores, mas que faça isso afastando a sua imagem de um presidente que não rouba e não deixa roubar. O ritual que ele fez parte acontece na mesma cidade em que o pastor Silas Malafaia atraiu a presença de Deus para o Brasil. O dualismo do Santo e do profano por personagens no entorno do presidente precisa ser discutido de forma racional pela base do presidente.
FOGO AMIGO E VAZAMENTOS
Uma das principais vozes para afastar Ricardo Salles da candidatura a prefeito de São Paulo, o ex-secom da presidência da República se utiliza do relacionamento com a imprensa conquistado no tempo de SECOM para interesses privados e até para atacar conservadores que estão se aproximando de Bolsonaro. A estratégia é vazar informações sensíveis para a imprensa, sendo ele, a principal fonte de jornalistas adversários de Bolsonaro como: Bela Megalle, de O Globo, Robson Bonin, da Veja, Igor Gadelha, do Metrópoles, Malu Gaspar, entre outros. A coluna conversou com alguns destes jornalistas que precisavam confirmar informações que teriam sido passadas por Wajngarten, que não esconde de ninguém este relacionamento, ao contrário, exibe como troféu para mostrar seu “poder” midiático. Na campanha eleitoral, usou dessa estratégia para afastar Serginho Lima, publicitário amigo do presidente. Esses vazamentos são claramente uma traição contra o presidente jair Bolsonaro, sendo a grande fonte da grande imprensa, fazendo também alguns influenciadores da própria direita deste poder de comunicação pela proximidade com expoentes da direita, sobretudo com o presidente.
A direita passa por uma reestruturação no mundo e precisamos aparar as arestas para que em 2026 a faixa presidencial possa ser devolvida ao presidente legítimo desta nação, no entanto, precisamos separar o joio do trigo. Wajngarten apenas mostrou as entranhas, porque nos bastidores de alto escalão do bolsonarismo, a indignação é pela tentativa de blindagem que ele tenta exercer sobre o presidente, inclusive com familiares.
Fogo amigo contra Carlos Bolsonaro
A coluna recebeu a ligação de pelo menos três aliados de primeira hora do presidente Bolsonaro que disseram que Fábio Wajngarten, de forma recorrente, tem tentado afastar o filho 02, Carlos Bolsonaro, para ter o monopólio da comunicação. As vezes faz isso diretamente no ouvido do presidente ou através de interlocutores, que intencionalmente mostram ao capitão postagens que nem são de seus perfis oficiais e tentam atribuir ao filho do presidente para tirar das mãos do filho as redes sociais administradas. Vale lembrar que foi através de Carlos Bolsonaro que o presidente conseguiu chegar ao povo e vencer a eleição pelas redes sociais.
Traição e falsidade
Para piorar a situação, o fogo amigo, contra aliados tem sido devastador. Wajngarten atira a queima roupas em qualquer pessoa que se aproxima do presidente. Mesmo que isso custe caro. Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, um dos advogados de Bolsonaro, Paulo Cunha Bueno disse que Fábio Wajngarten não é o advogado do presidente, mas sim atua na área de comunicação. O advogado que representa Bolsonaro nos inquéritos mais sensíveis envolvendo a questão das joias e do rolex, deixou claro que ele não atua como advogado, ou seja, ele utiliza-se falsamente desta chancela, mesmo sem nunca ter advogado em casos importantes, tendo apenas a carteira da OAB, lembrando que ele nunca passou perto da SAJ – órgão jurídico do Planalto, atuando apenas na SECOM, sendo demitido exatamente por essa relação promíscua com a imprensa.
traidor e impostor, se passando por advogado de Bolsonaro, tentando ofuscar o trabalho dos advogados…
A reportagem apurou que foi ele mesmo quem vazou para a imprensa o encontro de Bolsonaro com Temer. E também vazou o seu próprio encontro com Gilmar Mendes por duas vezes por uma necessidade de exibicionismo que de forma irresponsável, de alguma maneira pode atrapalhar o presidente, mesmo criando desconforto, sendo visto como o homem que segura uma granada sem pino na mão. Por ter amizade com influenciadores da própria direita, em troca de algumas agendas ou entrevistas com pessoas próximas ao presidente e por ter uma forte aliança com colunistas da grande mídia, consegue ir ao show da Madona regado a rituais e manter um silêncio sepulcral sem sofrer fortes críticas em meio a uma situação constrangedora e vexatória. Em seu editorial, a Revista Brasil reitera o apoio ao presidente Bolsonaro e a direita brasileira, que precisa ser depurada para não perder para si própria.