Brasil
Familiares de ministros do STF atuam em ações bilionárias e geram suspeitas de influência

Mais um escândalo atinge o alto escalão da Justiça brasileira. Parentes de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) estão diretamente envolvidos na atuação de bastidores em processos bilionários que tramitam na Corte, levantando sérias dúvidas sobre conflito de interesses e tráfico de influência.
Segundo apuração da imprensa, filhos, irmãos e até cônjuges de ministros vêm atuando como advogados ou lobistas em causas de altíssimo valor, muitas vezes em tribunais onde os próprios parentes julgam. A situação expõe uma zona cinzenta na relação entre poder, família e grandes interesses econômicos.
Entre os casos apontados, estão ações que envolvem empresas do setor financeiro, contratos com o governo federal e disputas tributárias bilionárias. Os nomes dos parentes aparecem em petições, reuniões e articulações que orbitam os gabinetes dos ministros.
Apesar de o STF afirmar que seus membros se declaram impedidos quando há relação direta com os envolvidos, a atuação indireta de familiares próximos coloca em xeque a imparcialidade da Corte e reforça a percepção de que há um sistema fechado de proteção e favorecimento nos tribunais superiores.
Parlamentares da oposição pedem uma CPI do Judiciário, para investigar possíveis abusos de autoridade e enriquecimento indireto por meio de decisões judiciais. A população, cada vez mais desconfiada da Justiça, vê com indignação a mistura de laços familiares com interesses que envolvem cifras bilionárias.
“O Brasil vive sob o domínio de uma oligarquia togada. É preciso abrir essa caixa-preta do Judiciário”, afirmou um deputado conservador.
