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PT ignora CPMI do Roubo dos Aposentados: nenhum congressista assinou o pedido

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Brasília, 14 de maio de 2025 – Em meio à crescente pressão popular por justiça e transparência nos descontos indevidos realizados nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, um fato chama atenção: nenhum deputado federal do Partido dos Trabalhadores (PT) assinou o pedido de criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), apelidada de “CPI do Roubo dos Aposentados”.

O requerimento, apresentado pelo deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), teve o apoio de 185 parlamentares, ultrapassando com folga o mínimo necessário de 171 assinaturas para que a CPI seja protocolada. O objetivo da comissão é investigar entidades que vêm aplicando descontos não autorizados nos benefícios do INSS, sob o pretexto de filiações a associações ou clubes, em muitos casos sem que o beneficiário sequer tenha conhecimento da cobrança.

O silêncio do PT

A ausência total de assinaturas de deputados do PT no requerimento tem sido alvo de duras críticas por parte da oposição. Parlamentares do PL, partido que lidera o pedido da CPI, questionam o porquê de o partido que governa o país se abster de investigar um esquema que pode ter desviado milhões de reais de cidadãos aposentados.

Para o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), o silêncio do PT é “ensurdecedor”:

“Estamos falando de aposentados que foram lesados de maneira covarde. Onde está o partido que diz defender os mais vulneráveis? Por que o PT não quer investigar?”, afirmou.

Segundo informações de bastidores, entidades ligadas a sindicatos e associações historicamente alinhadas à esquerda estariam entre as suspeitas de envolvimento nos descontos indevidos, o que pode explicar a falta de apoio do PT ao pedido de CPI.

CPI aguarda instalação

Apesar de já ter o número necessário de assinaturas, a CPI ainda depende de decisão do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), para ser efetivamente instalada. Atualmente, existem cinco CPIs em funcionamento e outras onze aguardando deliberação.

A pressão popular nas redes sociais tem aumentado, com aposentados relatando valores descontados sem autorização, além de extrema dificuldade para obter estorno ou cancelar as cobranças. Em alguns casos, os descontos superam R$ 50 mensais – um peso significativo para quem vive com um salário mínimo.

Um teste de coerência

Para críticos do governo e de sua base aliada, o caso representa um teste de coerência para os partidos que dizem defender os mais pobres e os trabalhadores. “Não há desculpa para não investigar um roubo contra aposentados. O PT deve explicações à sociedade”, concluiu o deputado Chrisóstomo.

A expectativa agora gira em torno da decisão de Hugo Motta e da mobilização popular para que a CPI seja instalada e comece a apurar responsabilidades.

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