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ELEIÇÕES 2022

RADIOLÃO, O NOVO ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO DO BRASIL

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A segunda-feira, 24, começou com os responsáveis pela campanha do atual mandatário e presidenciável, Jair Bolsonaro, denunciando aquele que até o dado momento é o fato mais grave desta corrida eleitoral: as inserções das propagandas nas rádios.

Parece de longe uma mera bobagem, mas estamos falando de informações agora repassadas para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelos denunciantes, contendo mais de 5 mil horas de gravações, milhares de documentos, todos auditados, provando que Lula teve milhares de inserções a mais que Bolsonaro. Com isso significa, que o equilíbrio Eleitoral foi não apenas posto em dúvida, mas atacado, pois um candidato foi beneficiado com mais tempo nas rádios. E tempo para dizer o que fez e vai fazer, é o cerne de nosso processo eleitoral.

O fato ainda se agrava quando rádios dizem que nem ao menos receberam do regulador do processo eleitoral, a saber o TSE, as propagandas de Bolsonaro. Atestando não apenas um desequilibrado momento no segundo turno, mas um ataque direto a isonomia da corte, uma parcialidade.

E na esteira das gravidades, o responsável pelas inserções foi demitido, o que provaria uma parcialidade e um erro da corte. Seria o funcionário o bode expiatório perfeito, mas ele mesmo denunciou a corte que havia disparidade entre as propagandas dos candidatos, tanto aos seus superiores no TSE, quanto a Polícia Federal (PF).

A demissão significaria, uma tentativa de achar um culpado e amenizar o erro, mas piora e piorará a visão da sociedade sobre a corte, sobre sua idoneidade em legislar sobre a corrida eleitoral.

É talvez o mais grave fato, pois não apresenta uma aura fantasiosa de urnas fraudadas, mídia atacando um candidato, mas versa sim sobre um grupo de pessoas que estando no topo do processo eleitoral, com cargos e nomes, agindo de forma a prejudicar e favorecer um candidato.

É também sombrio, pois a democracia brasileira, tão jovem e cara para nós, passa com este ocorrido pelo seu momento mais grave de ruptura desde a redemocratização. Significa que não existe um jogo limpo, que estamos nas raias de fraudes e ataques a candidatos, afetando um dos três poderes constituídos de nosso país.

Este comportamento digno de ditaduras obscuras e sem eleições participativas, atesta que vivemos numa encruzilhada de nossa nação. E com a derrota ou não de Bolsonaro, não parece que os desdobramentos dessas denuncias irão acabar com o fim das eleições deste ano, na verdade com o fim das eleições e o acirramento das tensões, se põe em risco a ordem de nossa nação.

As faltas de inserções são o prenúncio de um caos e da desconfiança.

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