Brasil
STF revoga prisão de Mauro Cid minutos após mandado, defesa afirma que PF agiu por “erro”

O Supremo Tribunal Federal (STF) protagonizou mais um episódio polêmico nesta sexta-feira (14), ao revogar em poucos minutos um mandado de prisão contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. A situação causou perplexidade nos bastidores de Brasília e levantou questionamentos sobre a condução das investigações e o uso político do Judiciário.
Prisão relâmpago
A ordem de prisão preventiva contra Mauro Cid foi expedida a pedido da Polícia Federal, com base em suspeitas de que ele teria tentado obter passaporte europeu e planejar uma eventual fuga do país. Contudo, minutos após o mandado ser cumprido, a medida foi revogada pelo próprio STF, e o militar foi liberado ainda antes de ser encaminhado ao sistema prisional.
Defesa aponta erro grave
A defesa de Mauro Cid reagiu com firmeza à operação. Em nota, os advogados classificaram a ação como “absolutamente descabida” e afirmaram que Cid não cometeu qualquer ilegalidade, tampouco solicitou novo passaporte. Eles acusam a Polícia Federal de precipitação e abuso de autoridade.
“A prisão foi decretada sem fato novo, sem justificativa legal e foi revogada em tempo recorde. Isso demonstra o nível de instabilidade e arbitrariedade que temos enfrentado”, disse a defesa.
Investigação segue em sigilo
A nova fase da investigação, relacionada ao inquérito que apura suposta tentativa de golpe, inclui buscas contra aliados do ex-presidente Bolsonaro. O próprio Cid ainda deve prestar depoimento à PF nos próximos dias.
Bastidores de um recuo
Nos bastidores, a informação é de que houve divergência interna no STF sobre a real necessidade da prisão. Ministros próximos a Alexandre de Moraes teriam considerado a medida “excessiva” e agiram para evitar novo desgaste institucional.
🧭 Contexto
- Mauro Cid já foi preso em 2023 por ordem de Moraes e firmou acordo de delação premiada.
- O militar voltou a ser pressionado após retomar críticas à condução das investigações.
📌 Análise
O recuo repentino do STF exemplifica o ambiente de insegurança jurídica e fragilidade institucional vivido no Brasil. Mais uma vez, o Judiciário parece atuar com critérios políticos, alimentando a desconfiança da população e colocando em xeque os pilares do devido processo legal.
