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Violência em Alta: Brasil registra aumento nos homicídios de mulheres, bebês e crianças

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Crescimento dos feminicídios, mortes violentas de crianças e estupros revela crise profunda na segurança e nos valores sociais do país

O Brasil vive uma onda crescente de violência contra os mais vulneráveis. Dados divulgados ao longo de 2024 e 2025 revelam uma realidade alarmante: o aumento no número de homicídios de mulheres, bebês e crianças em várias regiões do país, mesmo diante de campanhas de conscientização e programas públicos.

Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou 1.450 feminicídios em 2024, 12 casos a mais que no ano anterior. Já os homicídios dolosos e lesões corporais seguidas de morte de mulheres somaram 2.485, totalizando quase 4 mil mortes violentas femininas em um único ano. A maioria dos crimes foi cometida por companheiros, ex-companheiros ou pessoas próximas.

A violência não poupou nem os menores. De acordo com o UNICEF, mais de 15 mil crianças e adolescentes foram mortos de forma violenta entre 2021 e 2023. Em 2023, quase 1 a cada 5 dessas mortes ocorreu em operações policiais dado que acende alertas sobre o uso da força e a falta de proteção à infância.

Mais grave ainda é a situação dos bebês e crianças pequenas: o número de mortes violentas entre crianças de 0 a 4 anos aumentou 19,2% entre 2022 e 2023. Essas mortes estão muitas vezes relacionadas a maus-tratos, abandono ou contextos familiares vulneráveis.

Outro dado chocante: em 2024, o Brasil registrou mais de 11 mil partos de meninas menores de 14 anos vítimas de estupro. Isso significa que milhares de meninas estão sendo violentadas sem que o sistema consiga proteger ou oferecer alternativas seguras. No total, o país registrou quase 72 mil casos de estupro de mulheres apenas em 2024 uma média de 196 estupros por dia.

Esses números escancaram uma falência grave no sistema de proteção, no modelo de segurança pública e, acima de tudo, na formação moral da sociedade. Quando mulheres, crianças e bebês passam a figurar entre as principais vítimas de homicídios no país, é sinal de que os pilares mais básicos de civilidade e humanidade estão sendo destruídos.

É urgente que o Congresso, os governos estaduais e as instituições de justiça enfrentem essa crise com ações firmes, integradas e sem ideologização. A omissão diante desses crimes não é apenas um erro político: é uma tragédia moral.

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