Brasil
MORTOS, FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS E DESVIOS: ENTENDA O ESQUEMA DO PROAJA DO PT-PIAUÍ
Durante a gestão de Wellington Dias, ainda governador do Piauí, foi lançado o projeto de desenvolvimento do Piauí. O PRO Piauí era coordenado por Rafael Fonteles e que também era secretário de Fazenda e, que hoje candidato ao governo do Estado. Os escândalos começaram quando Rafael colocou seu sogro como um responsável indireto pelas obras do projeto de desenvolvimento e este mesmo sogro, Francisco Costa Araújo Filho – o Araujinho – , contratou suas próprias empresas de engenharia. Os ganhos de Araujinho chegam com as obras a bagatela de 100 milhões de reais.
Mas nada salta mais aos olhos em supostos desvios do que uma das extensões deste projeto, o PROAJA, Programa Alfabetização de Jovens e Adultos, do PRO Piauí Educação. O programa que visava alfabetizar mais de 150 mil pessoas entre 2021 e 2022, justo próximo das eleições. Os custos deste projeto segundo os dados do próprio governo seria de R$ 342 milhões.
O projeto só tem alguns problemas, entre eles 1 mil mortos cadastrados entre os alunos-frequentadores, 5.550 funcionários públicos que por serem concursados não são analfabetos e 1 mil jovens de até 18 anos em um projeto que deveria ser de educação de maiores, por isso mesmo maiores de 18 anos.
Todas essas informações foram levantadas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PI), durante auditorias dos gastos com o projeto, o que ocorreu entre março e junho deste ano. O projeto que começou em julho de 2021 já apresentava alguns erros, entre eles denuncias de não pagamentos de professores, não fazer repasses para alunos e nem mesmo disponibilizar lápis, papel ou até mesmo escolas para aulas do projeto.
Mas o dinheiro para os mortos, funcionários públicos que sabiam ler e escrever e até mesmo os dos alunos menores eram repassados e, os gastos com o projeto oneravam o fundo de R$ 342 milhões.
Entre as 39 empresas contratadas em pelo menos 12 não há um funcionários, em 5 delas não existe nem mesmo uma sede ou endereço real e em mais de 10 não existe capacidade técnica de suprir a demanda para qual foi contratada. Um exemplo João Batista Gonçalves Honório, dono de um empresa de pesquisa, DataCerto, que terá repasses de R$ 15 milhões de reais. Batista Honório é um petista declarado e foi até mesmo candidato a câmara de vereadores de Teresina.