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DANIELLA MARQUES, INDICADA POR BOLSONARO PARA PRESIDÊNCIA DA CAIXA, É O BRAÇO DIREITO DE GUEDES
Bolsonaro indica Daniella Marques Consentino como nova presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), no lugar antes ocupado por Pedro Guimarães. A decisão de Bolsonaro foi publicada ainda ontem, quarta-feira, 29, no Diário Oficial da União.
Daniella sobe a presidência de um dos bancos mais importantes do país em meio as polêmicas das acusações de assédios que chegaram a mídia recentemente e tem como principal envolvido, o ex-presidente do banco, Pedro Guimarães.
A nova presidente da Caixa é vista como alguém de tom apaziguador. Ela declarou, que seu primeiro passo é uma investigação séria, imparcial e a criação de uma força tarefa antiassédio dentro da instituição. Ela mesmo já foi uma vítima de violência doméstica de seu ex-companheiro, em 2019. Em seus discursos, Daniella tem reafirmado que lutar contra a violência domestica não tem pauta ou ideologia, não é algo da direita ou esquerda, mas dos cidadãos de bem.
Politicamente ela é vista como bem aliada ao governo, por sua visão autodeclarada antissocialista e, por está no governo Bolsonaro deste de seu começo. Socia do ministro da Economia Paulo Guedes na Bozano Investimentos, em janeiro de 2019, Daniella assumiu a chefia da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos. Em fevereiro deste ano assumiu a Secretária Especial de Produtividade e Competitividade, pasta diretamente ligada ao ministro Guedes.
A nova presidente da caixa também goza de boas relações com o Congresso Nacional, devido ao fato de ser uma economista de carreira técnica e que tem um tom apaziguador, fazendo pontes que tenta levar a cabo os interesses do governo Bolsonaro. Sua boas relações dentro do Planalto também a colocam como alguém de extrema confiança e que prezará pelos interesses do governo, este ano em evento do Dias das Mulheres, Daniella discursou junto da primeira-dama, Michele Bolsonaro, das ex-ministra, Damares Alves e Tereza Cristina.
Ela, Daniella, também se envolveu em algumas polêmicas. Durante audiência no Congresso, teve discussão acalorada com a deputada Maria do Rosário, o que terminou com as duas na delegacia da Policia Legislativa. Recentemente ela foi atacada por defender a redução do IPI, o que causou raiva em alguns governadores.