Brasil
Fraude no INSS: sindicatos ameaçam expor políticos envolvidos no esquema bilionário

Crise se agrava e pode atingir figuras do alto escalão ligadas ao governo Lula; oposição cobra CPI urgente para investigar o rombo na Previdência
A bomba envolvendo fraudes bilionárias no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pode atingir o coração da base governista. Representantes de sindicatos que participaram do esquema de descontos indevidos em aposentadorias estariam dispostos a colaborar com investigações e entregar nomes de políticos que acobertaram ou facilitaram as irregularidades.
Segundo informações veiculadas pelo portal Hora Brasília, as lideranças sindicais, agora pressionadas pela repercussão do escândalo, querem firmar acordos para se livrar de punições mais severas. Em troca, revelariam quem dentro da máquina pública autorizou ou se beneficiou da fraude, que já atinge mais de 470 mil brasileiros.
O caso envolve o desconto não autorizado de mensalidades feitas por 41 entidades associativas em milhões de benefícios previdenciários atingindo idosos, pensionistas e aposentados do país inteiro. O número de contestações disparou e escancarou a fragilidade dos sistemas de proteção do INSS.
Silêncio do governo reforça suspeitas
Apesar da gravidade dos fatos, o governo Lula permanece em silêncio. O Ministério da Previdência se limita a afirmar que notificou as entidades envolvidas, mas não há qualquer movimento do Palácio do Planalto para apurar o envolvimento de sindicatos aliados ao PT no escândalo.
A omissão tem gerado revolta entre parlamentares de oposição. Para a deputada Amanda Teixeira (PL-MG), o caso exige uma CPI imediata. “Enquanto perdem tempo com influenciadores e apostas, os verdadeiros criminosos seguem impunes. Estão roubando os aposentados!”, declarou em discurso recente na Assembleia de Minas Gerais.
Escândalos se repetem no governo Lula
Com este, já são três grandes escândalos em três mandatos de Lula: o mensalão, o petrolão e agora a farra do INSS. “O presidente já pode pedir música no Fantástico”, ironizou Amanda, em referência à tradição de Lula terminar cada governo envolvido em casos de corrupção de proporções nacionais.
A possível delação de nomes ligados ao alto escalão petista por parte dos sindicatos pode ser o estopim de uma nova crise política com potencial de abalar ainda mais a credibilidade de um governo já marcado por instabilidade, inflação crescente e enfraquecimento da base no Congresso.
