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Grave: 1.200 milionários devem deixar o Brasil e levar U$ 8,4 bilhões em patrimônio

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O Brasil pode perder 1.200 milionários em 2025. É o que aponta um novo relatório da consultoria internacional Henley & Partners, especializada em mobilidade de alta renda. O país aparece como o sexto com maior evasão de milionários no mundo, superando inclusive nações em conflito aberto, como Rússia e África do Sul.

A estimativa é ainda mais alarmante pelo impacto financeiro. Cerca de US$ 8,4 bilhões em patrimônio devem deixar o país, considerando a média de riqueza dos indivíduos que buscam residência fiscal no exterior.

O movimento reforça o que muitos analistas já apontam há anos. O Brasil se tornou um ambiente hostil para quem produz, investe, empreende e gera riqueza. A instabilidade jurídica, a insegurança pública, o crescimento da carga tributária e a perseguição estatal ao capital estão afastando não apenas os milionários, mas também o futuro.

Quem está indo embora e por quê

Os destinos preferidos dos brasileiros de alta renda são Estados Unidos, Portugal, Emirados Árabes, Itália e países do Caribe com programas de residência por investimento. O perfil do emigrante não é o do sonegador. São empresários, investidores, profissionais liberais e herdeiros de grandes grupos que buscam uma coisa simples: liberdade.

Entre os principais motivos citados estão insegurança jurídica e arbitrariedades fiscais, medo de mudanças radicais no sistema tributário, instabilidade política e crescimento do intervencionismo estatal, além da falta de confiança no futuro institucional do país.

A maioria não rompe vínculos afetivos com o Brasil. Muitos mantêm negócios e familiares aqui. Mas já não se sentem seguros para deixar seu patrimônio exposto a um sistema que oscila entre o populismo econômico e o autoritarismo judicial.

Um sinal de alerta vermelho

A saída de 1.200 milionários não é apenas uma estatística simbólica. Ela representa uma perda real de investimento, arrecadação, geração de empregos e influência. Esses indivíduos movimentam setores inteiros da economia e, quando decidem sair, levam junto capital financeiro, intelectual e social.

Em um país com alta dependência de consumo interno e crédito privado, a fuga de capital de alta renda fragiliza ainda mais o tecido produtivo nacional. Sem grandes investidores, não há startups. Sem empreendedores, não há inovação. Sem risco, não há progresso.

O preço da hostilidade

O Brasil colhe o que plantou. Anos de desincentivo à propriedade privada, de criminalização da riqueza e de estímulo ao Estado inchado e intervencionista criaram um ambiente onde quem trabalha e prospera é visto como inimigo. O resultado é claro. Os que podem vão embora e os que ficam arcam com a conta.

A elite econômica do país não está fugindo por capricho. Está reagindo ao cerco de um sistema que, em vez de premiar o mérito, tributa o sucesso. E o mais grave. Essa fuga é silenciosa, gradual, mas devastadora.

Em vez de atrair investimentos, o Brasil os expulsa. E cada milhão que sai é um milhão a menos em hospitais, escolas, empresas e empregos. O buraco se aprofunda, enquanto o governo insiste em jogar mais terra em cima.

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