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Lupi reassume PDT 18 dias após saída do governo Lula e anuncia apoio à CPI do INSS

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Menos de três semanas após deixar o comando do Ministério da Previdência em meio ao escândalo bilionário de fraudes no INSS, Carlos Lupi reassumiu nesta segunda-feira (20) a presidência do PDT e declarou apoio à instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o caso.

A reaproximação de Lupi ao comando partidário ocorre em um momento delicado para o governo Lula. O esquema de descontos ilegais em aposentadorias e pensões vem ganhando força no Congresso e na opinião pública, pressionando o Planalto a se posicionar. Segundo estimativas, os valores desviados por entidades sindicais e associações somam mais de R$ 1 bilhão.

Durante reunião da executiva nacional do PDT, Lupi disse que o partido apoiará a CPI do INSS, mas com uma condição: que o foco das investigações também abranja o período da gestão Bolsonaro. “Vamos investigar tudo, desde quando começou. Não temos medo da verdade”, afirmou.

Apesar da tentativa de dividir responsabilidades entre governos, a decisão sinaliza um distanciamento do PDT em relação ao governo Lula, e deve abrir caminho para a instalação da CPI mista, que reúne assinaturas suficientes tanto na Câmara quanto no Senado.

Parlamentares da oposição criticaram o discurso de Lupi, acusando-o de tentar desviar o foco dos problemas atuais. “O escândalo aconteceu com Lupi como ministro. O governo tem que responder por isso agora”, disse um deputado da base conservadora.

Enquanto o governo alega questões regimentais para barrar a instalação da CPI na Câmara, a pressão popular e do Congresso aumenta. A oposição já articula para que o Congresso Nacional, por meio do presidente do Senado Davi Alcolumbre, instale uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) que poderá quebrar o sigilo de envolvidos e ampliar a responsabilização.

A volta de Lupi ao comando do PDT, sob o peso do maior escândalo da Previdência nos últimos anos, expõe não só o desgaste da base aliada de Lula, como também reforça o discurso da oposição de que há conivência e omissão institucional diante da corrupção.

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