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O capataz de Alexandre Moraes: Conheça o delegado Fábio Shor, que pune crianças e persegue Bolsonaro

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O delegado da Polícia Federal, Fábio Alvarez Shor, responsável por todos os inquéritos que buscam prender o ex-presdente Jair Messias Bolsonaro, foi chamado de capataz do ministro Alexandre de Moraes pelo senador Marcos do Val na rede X, antigo Twitter.

O apelido de capataz foi dado por 151 delegados da PF, ex-colegas de Fábio Shor, que disseram que o delegado aliado de Moraes tem abusado do poder de forma constante, colocando em risco a reputação da Instituição.

Por muito tempo, acreditava-se que os delegados da PF apenas cumpriam as ordens do ministro, mas agora vem à tona a verdade. Moraes não pode prender ninguém sem um pedido de um delegado da PF, e Fábio Shor foi escolhido como o açougueiro do ministro. Todas as arbitrariedades contra o povo brasileiro foram solicitadas por Fábio Shor, confirmadas pela PGR e deferidas pelo ministro.

Ou seja, Fábio Shor tem sido tão nocivo a nação brasileira quanto Alexandre de Moraes, um não conseguiria fazer nada sem o apoio do outro.

Um dos abusos de autoridade mais emblemáticos de Fábio Shor foi cometido contra os três filhos do jornalista Oswaldo Eustáquio em julho de 2020. A equipe do delegado, invadiu a casa do jornalista, enquanto ele estava preso e no dia anterior tinha sido ouvido pelo próprio delegado, ou seja, Shor sabia que Eustáquio estava na cadeia e intencionalmente foi aterrorizar sua família.

De acordo com relatos de Mariana Eustáquio, Shor obrigou seus dois irmãos a ficarem no sofá da casa das seis horas da manhã até meio dia e meia, ou seja, seis horas de tortura.

Oswaldo André, o filho caçula do jornalista, fez xixi na calça e até hoje tem dificuldades na fala pelo terror imposto pelo delegado e sua equipe. Mariana conta que quando precisou ir ao banheiro, teve que deixar a porta entre aberta com um policial cuidando. Já o filho do meio, Bernardo, ficou indignado e não queria obedecer às ordens de Shor e discutia constantemente com os policiais. As crianças foram impedidas de tomar o café da manhã. Um show de horrores que culminou com o roubo do celular da jornalista Sandra Terena pelo delegado Fábio Shor. Sandra era Secretária Nacional da Igualdade Racial do governo Bolsonaro e o advogado Ricardo Vasconcellos, que testemunhou este fato, informou ao delegado que o celular de Sandra era institucional do governo. Nesse momento, o delegado Fábio Shor sorriu e disse: “Sandra, desbloqueio o seu celular, que vou apenas dar uma olhada e te devolver”. Sandra confiou no delegado e entregou seu celular com a tela desbloqueada para que ele olhasse. Fábio pegou o celular dela e disse: “Mudei de ideia”, e com um sorriso ainda mais sarcástico colocou o celular dela em um saco plástico. Seis horas e meia depois, o delegado autorizou as crianças comerem uma maça.

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