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Política

PGR: Mensagens de ‘bom dia’ de Carlos Jordy, uma semana antes de 8 de janeiro, são ‘forte ligação’ com tentativa de golpe

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A Polícia Federal cumpriu uma ordem de busca e apreensão no gabinete e casa ao deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ) nesta quinta-feira (18). A justificativa para essa ação foi a “forte ligação” do parlamentar com Carlos Victor de Carvalho, identificado pela PF como uma “liderança da extrema direita” em Campos dos Goytacazes (RJ).

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR) existia uma relação entre ambos com base em trocas de mensagens de celular. Nessas conversas, Carlos Victor solicitava orientações e autorizações a Jordy para a organização de eventos e manifestações após as eleições de 2022, após a derrota de Jair Messias Bolsonaro.

Veja abaixo conversas vazada a imprensa pela PF, com troca de mensagens no dia 1º de dezembro de 2022, durante, apontou as investigações, os bloqueios nas rodovias federais em protesto:

Victor: Bom dia meu líder.
Qual direcionamento você pode me dar? Tem poder de parar tudo.

Jordy: Fala irmão, beleza?
Está podendo falar aí?

Victor: Posso irmão.
Quando quiser pode me ligar.

mENSAGENS TROCADAS POR jORDY

Conforme a solicitação da Procuradoria-Geral da República, responsável pelos mandados de busca e apreensão executados nesta quinta-feira pela PF, os dois chegaram a conversar por telefone em 17 de janeiro de 2013, uma semana após os atos de 8 de Janeiro na Praça dos Três Poderes. Segundo a PGR, neste período Carlos Victor Carvalho estava foragido das autoridades.

Para PGR, Jordy tinha poder e liderança sobre manifestações em suas ações, o que estava além de mera relação politica.

“[…] denotando-se que o parlamentar (Jordy), além de orientar grupo expressivo de pessoas, tinha o poder de ordenar as movimentações antidemocráticas, seja pelas redes sociais ou agitando a militância da região”, afirma trecho de documento que justificou a busca e apreensão contra o deputado.

Jordy refuta as alegações e afirma ser vítima de perseguição política.

“Eu, em momento algum do 8 de janeiro, eu incitei, falei para as pessoas que aquilo ali era correto. Pelo contrário. Em momento algum eu estive nos quartéis-generais quando estavam acontecendo todos aqueles acampamentos. Nunca apoiei nenhum tipo de ato, tanto anterior ou depois no 8 de janeiro. Embora as pessoas tivessem todo o seu direito de fazer suas manifestações contra o governo eleito”, disse em vídeo postado em suas rede sociais.

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