Política
URGENTE: Meta entrega endereço de bolsonarista Oswaldo Eustáquio a Moraes
A Meta, empresa proprietária do Instagram, forneceu ao STF a localização do militante bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que está foragido há um ano e meio de uma ordem de prisão emitida pelo ministro Alexandre de Moraes. Os dados foram enviados ao tribunal em outubro do ano passado, indicando duas cidades na Espanha. Atualmente, Eustáquio permanece livre na Espanha após solicitar asilo ao país.
Em setembro do ano passado, Moraes ordenou que a Meta entregasse informações sobre três perfis de Oswaldo Eustáquio no Instagram. Os dados solicitados incluíam localização, número de celular cadastrado, dispositivos utilizados e datas de acesso. O ministro destacou que, naquele momento, Eustáquio já estava foragido havia nove meses. “O que confirma sua resistência em cumprir a ordem jurídica”, escreveu Moraes.
Moraes em outubro. As contas de Eustáquio no Instagram foram acessadas recentemente em duas cidades espanholas: Madri, a capital, e Castelló de la Plana, a 400 quilômetros de distância, no leste do país. De acordo com a PF, o bolsonarista utilizou “diversas fraudes” para chegar à Espanha.
Como revelado em dezembro, Eustáquio estava na Espanha e havia solicitado asilo ao país. Atualmente, o militante reside em Yeles, no centro da Espanha, a 40 quilômetros de Madri, conforme registros do Ministério do Interior espanhol.
Antes de chegar à Europa, com um mandado de prisão pendente no Brasil, Eustáquio esteve no Paraguai no ano passado, onde também solicitou status de refugiado. Isso impediu uma operação da PF para prendê-lo em março de 2023.
Ao decretar a prisão preventiva de Eustáquio no final de 2022, Moraes atendeu a pedidos da PF e da Procuradoria-Geral da República, citando “fortes indícios” dos crimes de ameaça e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático após a derrota de Jair Bolsonaro para Lula nas eleições.
Em junho de 2023, Moraes ordenou que o nome de Eustáquio fosse incluído na lista vermelha da Interpol, sem sucesso. O coordenador-geral de Cooperação Policial Internacional da PF, Fábio Mertens, explicou que a Interpol não inclui pessoas que solicitaram refúgio em outros países.