Brasil
Jantar em homenagem a Moraes reúne Alckmin, Alcolumbre e Motta: bastidores do poder em clima de conchavo

Enquanto o país enfrenta desemprego, inflação e queda na popularidade do governo, figuras do alto escalão da política nacional participaram de um jantar “seletíssimo” em homenagem ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, nesta semana, em Brasília.
Entre os presentes estavam o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o senador Davi Alcolumbre (União-AP) e o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva (Paulinho da Força), além de outros políticos e empresários ligados ao establishment.
O jantar, segundo aliados, teria sido “apenas uma confraternização”, mas nos bastidores circulam informações de que o encontro serviu para reforçar alianças e selar acordos políticos com vistas às eleições municipais de 2024 e ao jogo de poder até 2026.
Moraes em clima de prestígio, apesar das críticas
Mesmo sendo alvo constante de críticas por suas decisões polêmicas, censuras e acusações de abuso de autoridade, Moraes foi o centro das atenções do encontro. Chamou atenção a presença sorridente de figuras do Executivo e do Legislativo ao lado do ministro, num momento em que cresce o descontentamento popular com a politização do Judiciário.
Ausência de representantes da oposição
Nenhum nome ligado à direita ou ao bolsonarismo foi convidado – o que reforça a ideia de que o jantar foi mais do que uma “simples homenagem”. Para muitos, a reunião simboliza a união entre velhas forças políticas e setores do Judiciário, que tentam se manter no controle do país mesmo diante da insatisfação popular crescente.
O povo fora da festa
Enquanto isso, a realidade fora dos salões é bem diferente. A desaprovação ao governo Lula bate recorde, o custo de vida segue em alta, e a confiança nas instituições está em queda livre. Mas, ao que parece, o sistema segue unido – ainda que cada vez mais distante da vontade popular.
