Siga-nos

Brasil

Ex-ministro Gilson Machado é preso pela PF em Recife após encontro com Bolsonaro

Publicado

em

A Polícia Federal prendeu nesta sexta-feira (13), em Recife (PE), o ex-ministro do Turismo Gilson Machado Neto, que integrou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A informação foi confirmada por fontes da corporação à Revista Brasil.

A detenção ocorre um dia após Machado se reunir com Bolsonaro durante uma agenda pública em Natal (RN), realizada na quinta-feira (12).

Gilson é investigado por supostamente ter atuado para que o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e réu no inquérito que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado, obtivesse passaporte português com o objetivo de deixar o país.

Segundo as autoridades, a atuação de Machado teria ocorrido diretamente junto ao consulado de Portugal em Recife, no dia 12 de maio deste ano, com o intuito de viabilizar a emissão do documento estrangeiro para Mauro Cid.

“O propósito seria permitir que Mauro Cesar Barbosa Cid deixasse o território nacional”, afirma um trecho do documento enviado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF).

A prisão foi autorizada dentro de um novo inquérito solicitado pela própria Polícia Federal e pela PGR ao STF. O pedido de investigação, enviado na última terça-feira (10), inclui também a realização de buscas e apreensões domiciliares e pessoais, além da quebra dos sigilos telefônico e telemático de Gilson Machado.

O período de análise autorizado pela Corte compreende os meses de janeiro a junho de 2025, com foco em detectar movimentações que indiquem tentativa de obstrução de Justiça.

De acordo com a PF, a investigação segue para confirmar se houve de fato interferência ilícita no andamento processual do caso Mauro Cid, e se Gilson teve envolvimento direto na estratégia de fuga.

A defesa do ex-ministro nega qualquer irregularidade e afirma que a visita ao consulado foi relacionada a questões pessoais, e não à tentativa de obtenção de passaporte para Mauro Cid. Mesmo assim, os investigadores apontam que há indícios suficientes para avançar com diligências mais invasivas.

O caso reacende as discussões em torno de eventuais articulações para evitar responsabilizações legais de aliados de Bolsonaro no contexto das investigações sobre os atos pós-eleição de 2022.

Continue Reading
Deixar um comentário

© Copyright 2021 - 2024 - Revista Brasil