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Política

Recursos da Lei Rouanet foram utilizados em showmício onde Lula pediu votos para Boulos

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No evento realizado em 1º de Maio deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) expressou seu apoio ao pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), em um acontecimento parcialmente financiado por recursos da Lei Rouanet. De acordo com informações do Sistema de Acesso às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), a produtora responsável pelo evento, Veredas Gestão Cultural, captou R$ 250 mil por meio dessa lei. Este montante foi proveniente de um doador privado, cujos impostos são posteriormente compensados.

A Veredas Gestão Cultural, com sede no Rio de Janeiro, foi a produtora encarregada do espetáculo, tendo sido autorizada a levantar até R$ 6,3 milhões ao cadastrar o projeto na Lei Rouanet. Entretanto, apenas uma instituição se dispôs a financiar o evento do 1º de Maio: a São Leopoldo Mandic, uma faculdade privada de medicina localizada em Campinas (SP). Denominado Festival Cultura e Direitos, o evento contou com apresentações dos rappers Dexter, Afro X e Roger Deff, além dos pagodeiros Ivo Meirelles, Arlindinho e Almirzinho, com a apresentação a cargo de Sérgio Loroza e da MC Pamelloza. Durante o evento, Lula fez um apelo explícito ao voto em Boulos para prefeito de São Paulo nas próximas eleições.

A transmissão foi realizada pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC), sendo posteriormente removida do canal oficial da empresa no YouTube, mas permanecendo disponível no canal do presidente. O ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, afirmou ao Estadão que a declaração do presidente não viola a legislação eleitoral. Lula também expressou desapontamento com a baixa adesão do público ao evento.

Além do financiamento pela Lei Rouanet, o festival recebeu patrocínio da Petrobras e do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi). A Petrobras confirmou ao site Poder360 seu patrocínio ao evento, enquanto o Sesi declarou que não apoia eventos políticos partidários, argumentando que o evento do 1º de Maio foi destinado a celebrar a luta e a organização dos trabalhadores.

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