Política
Após 461 dias de prisão, coronel Naime obtém liberdade provisória.
Ontem (13/5), o ministro Alexandre de Moraes ordenou a libertação temporária do coronel Jorge Eduardo Naime, que esteve detido por 461 dias. Ele é réu em um caso que investiga possíveis negligências de membros da Polícia Militar do Distrito Federal diante dos eventos de 8 de janeiro de 2023. A nova determinação argumenta que a medida cautelar extrema não é mais necessária, visto que Naime foi recentemente transferido para a reserva remunerada – uma situação similar à aposentadoria para militares.
Assim, Moraes segue as recentes diretrizes em relação aos PMs réus. Todos os cinco militares de alta patente, que estão na reserva, foram concedidos liberdade temporária. No entanto, dois militares em serviço, com patentes mais baixas, permanecem detidos: o major Flávio Silvestre de Alencar e o tenente Rafael Pereira Martins.
A Procuradoria-Geral da República expressou apoio ao pedido de liberdade temporária de Jorge Eduardo Naime na última sexta-feira (10/5). O coronel teve prisão preventiva decretada em 1º de fevereiro de 2023, implementada seis dias depois e, posteriormente, mantida por meio de dez decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal.
Na manifestação da PGR, o Procurador-Geral Paulo Gonet mencionou que as decisões que concederam liberdade temporária aos últimos réus soltos “se baseiam na compreensão de que a transferência dos referidos acusados para a reserva remunerada” resulta na retirada de sua “capacidade de organização e mobilização de tropas em benefício próprio”.